sábado, 30 de outubro de 2010

SAD garante cerca de 500 mil euros e aproveita para promover a marca naquele país.

O jogo do Benfica com a selecção angolana, em Luanda, no dia 10 de Novembro, vai render à SAD o dobro do cachê habitualmente cobrado por cada partida de carácter particular. Ao que o DN apurou, em vez dos 250 mil euros que costumam receber, os encarnados vão encaixar desta vez um valor a rondar os 500 mil euros.

Esta é a receita directa e imediata desta mini-digressão, que visa participar nas comemorações do 35.º aniversário da independência de Angola. Uma verba considerável, mas que fica ainda aquém daquilo que os principais clubes europeus cobram por cada partida: o Real Madrid e o Inter Milão, por exemplo, recebem cerca de um milhão de euros por cada particular.

Além do jogo, que se realiza no Estádio Internacional 11 de Novembro, em Luanda, a presença do Benfica naquele país contempla ainda um programa social com visitas de jogadores a escolas e instituições de solidariedade. Segundo fonte próxima da SAD benfiquista, estas iniciativas vão ser aproveitadas para promover a marca do clube junto de uma comunidade, onde se estimam haver três milhões de adeptos benfiquistas. Além da promoção de merchandising e da imagem do clube, a presença dos principais jogadores do plantel em Luanda - tal como prometeu esta semana o presidente Luís Filipe Vieira - será ainda aproveitada para divulgar a Benfica TV que dá os primeiros passos em Angola.

Esta viagem a Luanda está, no entanto, a levantar alguma polémica na Luz sobretudo por causa do momento sensível da época em que a equipa está. O DN sabe que na SAD se levantaram algumas vozes a questionar esta digressão, sobretudo os efeitos que ela provocará na equipa, que tem um mês de Novembro com jogos muito importantes para o campeonato português e para a fase de grupos da Liga dos Campeões.
No entanto, a necessidade de o Benfica conseguir receitas extraordinárias para suportar o resto da época, sobretudo quando o mercado de transferências abrir em Janeiro, deixou a administração da SAD sem grande margem de manobra. O DN sabe que o próprio Jorge Jesus, apesar de ter manifestado algumas reservas quanto ao desgaste a que os jogadores vão ficar sujeitos, acabou por entender as razões que estão por detrás da viagem a Luanda.

Aliás, noutras ocasiões, o técnico já havia feito declarações públicas sobre a necessidade de compreender que o clube tem de pensar também na vertente financeira, além da vertente desportiva.
Jorge Jesus acredita que a digressão a Angola poderá permitir condições financeiras directas, mas também indirectas, para que o seu plantel seja reforçado em Janeiro com um ou dois jogadores, nomeadamente um defesa-esquerdo e um médio. É que além do dinheiro que a SAD irá arrecadar no imediato, poderá conseguir ainda garantir financiadores importantes, uma vez que a economia angolana, ao contrário do que acontece na generalidade dos países europeus, está em franca prosperidade.

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